Jornalismo do cidadão é o acto de os cidadãos terem um papel activo no processo de recolha, reportagem, análise e disseminação de notícias e informação.
Bowman e Willis
Os cidadãos – jornalistas são as pessoas antigamente conhecidos como a audiência.
Jay Rosen
Nos últimos anos tem vindo a surgir uma novidade difícil de ser ignorada. Por todo o mundo, os media tradicionais estão a ser transformados por um competidor que não existia antes: a própria sociedade. A esta novidade tem-se dado o nome de jornalismo do cidadão.
O jornalismo do cidadão refere-se a qualquer forma de conteúdo produzido por cidadãos e divulgado sobretudo através de novas tecnologias, tais como a Internet, telemóveis, PDA’s, etc. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação onde a informação é produzida pelo cidadão comum, cuja principal ocupação não é a produção jornalística, ou seja, pode ser considerado um "jornalismo amador".
Segundo os jornalistas Ana Cármen Foschini e Roberto Romano Taddei (2006), autores da colecção “Conquiste a rede”, o jornalismo do cidadão refere-se, também, à crescente possibilidade de escolha de informação proporcionada pelas novas ferramentas de publicação. Agora, o público pode ignorar as notícias que os media tradicionais consideram como relevantes. Com as novas tecnologias, o público pode criar os seus próprios fluxos de informação, expondo-se apenas às fontes de informação que escolher.
Os principais factores que explicam o crescimento exponencial deste movimento são: o baixo custo envolvido na implantação de um projecto de jornalismo do cidadão; a popularização das tecnologias de informação e comunicação (TIC) e a consequente facilidade no acesso à Internet, fazendo com que o capital necessário para “abrir” um jornal-cidadão seja praticamente nulo e que a divulgação do trabalho seja mais fácil (enviar e-mails, anunciar em fóruns, etc).
O fenómeno do jornalismo do cidadão está em pleno desenvolvimento, existindo, assim, várias formas de denominá-lo. As mais usadas são: grassroots journalism, jornalismo participativo, jornalismo colaborativo e jornalismo open source. Estas designações são, portanto, outros nomes para o mesmo conceito. No entanto, alguns autores apontam diferenças entre cada designação. É o caso dos jornalistas brasileiros Ana Carmen Foschini e Roberto Romano Taddei. Para eles, grassroots journalism refere-se à participação na produção e publicação de conteúdo na Web das camadas periféricas da população, aquelas que geralmente não participam das decisões da sociedade. Jornalismo participativo, por sua vez, define, por exemplo, a produção dos media tradicionais que inclui comentários dos leitores. Por outro lado, o jornalismo colaborativo é usado quando mais de uma pessoa contribui para o resultado final do que é publicado. Finalmente, dá-se o nome de jornalismo open source quando é possível a qualquer utilizador alterar o conteúdo de uma página.
Segundo a Wikipedia, o movimento jornalismo do cidadão começou a emergir após as eleições presidenciais de 1998 nos Estados Unidos. Surgiu devido à desilusão popular em relação à forma como o processo tinha sido conduzido pelos media tradicionais. Após os atentados do 11 de Setembro de 2001, a blogosfera expandiu-se de uma forma nunca antes vista. Segundo Dan Gillmor (2004), “o dia ficou congelado no tempo mas as explosões dos aviões contra aquelas torres trouxeram uma redobrada onda de calor ao glaciar dos meios de comunicação e o gelo continua a derreter-se”. Outros acontecimentos internacionais evidenciaram a cobertura jornalística por amadores. A 7 de Julho de 2005, a força e o potencial do jornalismo do cidadão tornaram-se muito claros devido aos atentados no metro de Londres. Pouco tempo depois das explosões, começaram a circular imagens na Internet vindas directamente dos telemóveis de muitas pessoas que haviam testemunhado o acontecimento. O mesmo aconteceu com o tsunami em 2004.
Segundo Lasica, co-fundador e director executivo do site Ourmedia.org, o jornalismo do cidadão pode dividir-se em cinco principais modalidades. A primeira consiste na participação da audiência nos media noticiosos main-stream. Nesta modalidade, incluem-se os comentários dos utilizadores a notícias, blogues pessoais, fotos ou vídeos captados através de câmeras pessoais ou notícias locais escritas por residentes de uma comunidade. A segunda modalidade refere-se a sites independentes de notícias e informação e a terceira a sites participativos de notícias. A quarta consiste nos media leves ou thin media, ou seja, as mailing list e newsletters por e-mail. Por fim, a quinta modalidade está ligada aos sites pessoais ou broadcasting (áudio e vídeo).
O fenómeno do jornalismo do cidadão só foi possível em grande medida devido à Internet. Ferramentas aliadas à Web criaram novos espaços para a comunicação, permitindo que a divulgação do que foi produzido seja simples, com baixo custo e ao alcance de todos. Há ferramentas para quem quer trabalhar com texto, som, fotos, vídeos e até mesmo para quem não tem computador, mas tem um telemóvel capaz de aceder à Internet. Neste trabalho, irei definir algumas das principais ferramentas utilizadas pelos “jornalistas cidadãos”.
Os blogues (abreviação de weblogues) são, muitas vezes, comparados aos panfletos do século XIX. Esta foi a primeira ferramenta a tornar mais fácil a publicação na Internet. Segundo Dan Gillmor (2004), um blogue é “um jornal online, composto de hiperligações e apontamentos em ordem cronológica invertida, o que quer dizer que o apontamento mais recente é o que ocupa o topo da página”. Os blogues são fáceis de actualizar e a sua oferta como serviço gratuito na Internet é cada vez maior, o que faz com que este seja a ferramenta de comunicação por excelência dos cidadãos digitais.
Os photoblogs (blogues de fotos) são, como o próprio nome indica, blogues feitos com fotos. Com a popularização das máquinas fotográficas digitais e dos telemóveis com câmeras o seu número cresceu. Os flogs (abreviação de photoblogs) actualizados através dos telemóveis são chamados de moblogs.
Os vlogs (blogues de vídeo) são compostos por vídeos. Este fenómeno tem vindo a evoluir rapidamente, visto a maioria das máquinas digitais e telemóveis já conseguirem capturar imagens em movimento.
Aos blogues de áudio dá-se o nome de podcasting. Podcast é uma forma de distribuir arquivos digitais pela Internet. A palavra resultou da fusão de duas palavras: iPod e broadcast (“transmissão” em inglês).
Segundo Whatls.com (citado por Dan Gillmor),um dicionário online de informação tecnológica, um wiki é “um programa servidor que permite que os utilizadores colaborem na formação do conteúdo de um sítio da Web. Com um wiki qualquer utilizador pode editar conteúdo do sítio, incluindo as contribuições dos outros utilizadores, bastando para isso usar um motor de busca normal". O exemplo mais conhecido que utilize esta ferramenta é a Wikipedia, uma enciclopédia virtual que surgiu em 2001, escrita e actualizada pelos utilizadores.
O já conhecido serviço SMS (serviço de mensagens curtas disponibilizado por todas as redes de telecomunicações) tem sido muito utilizado para veicular, principalmente, notícias sensacionalistas.
O RSS (Really Simple Syndication) é um formato de distribuição de conteúdos. Uma das razões que torna o RSS tão importante é o facto de o utilizador controlar as operações. O RSS permite que os leitores de blogues e outros tipos de páginas tenham os seus computadores, ou outros dispositivos, ligados, de forma a recolherem automaticamente os conteúdos que lhes interessem.
As listas de e-mail consistem em trocar e-mails. Esta ferramenta é bem explorada quando as listas reúnem pessoas com interesses em comum. Por outro lado, o fórum é um espaço na Web para discussões e troca de ideias, onde os utilizadores podem deixar comentários, questões e críticas. Estas duas ferramentas estão entre as formas mais antigas de agrupamento e prática do jornalismo do cidadão.
Vários são os exemplos de sucesso deste novo modelo, exemplos esses que utilizam, como é óbvio, muitas das ferramentas já enunciadas.
O Wikinews é um projecto de notícias livres onde qualquer pessoa pode escrever, criar, ampliar ou editar um artigo. Segue o mesmo modelo que a Wikipedia, ou seja, o modelo wiki.
A Indymedia (Independent Media Center) é uma rede internacional de produtores de informação livre e independente de interesses empresariais ou governamentais. Utiliza um sistema semelhante a uma página wiki.
O Ohmynews foi fundado em 2000 por Oh Yeon Ho na Coreia do Sul. Foi o primeiro ciberjornal no mundo a aceitar, editar e publicar artigos dos seus leitores. A maioria dos artigos é escrita pelos cidadãos (cerca de 41 mil). Hoje em dia, o Ohmynews é considerado o mais influente site de notícias sul-coreano.
O movimento do jornalismo do cidadão tem sido alvo de diversas discussões por parte dos “cidadãos repórteres” e dos jornalistas tradicionais. Mais do que discutir o termo “cidadão”, tem sido discutido se realmente se deve considerar este modelo como um novo tipo de jornalismo. A respeito desta discussão, Nemo Nox (2006) (citado por Marcelo Cardoso e Rafael Andrade), pseudónimo do autor do blog “Por um Punhado de Pixels”, lança algumas questões pertinentes:
Porquê jornalismo cidadão? Um jornalismo praticado por cidadãos? E não são cidadãos os jornalistas ao serviço dos grandes jornais e das redes de televisão? O que os diferencia em termos de cidadania dos outros jornalistas? Ou seria jornalismo cidadão somente um eufemismo para jornalismo amador? Ou para jornalismo independente das grandes corporações?
E as opiniões divergem…
Se não gosta das notícias…levante-se e trate de arranjar outras.
Wes “Scoop” Nisker
Alguns autores defendem com entusiasmo o novo modelo denominado por jornalismo do cidadão, considerando-o, realmente, um novo tipo de jornalismo: o cidadão como produtor e divulgador de informação, ou seja, jornalista.
Um desses autores é Dan Gillmor, um dos mais respeitados jornalistas e pensadores sobre os novos meios de comunicação. Gillmor trata toda esta questão do jornalismo do cidadão no seu livro “Nós, os Media”. O próprio Gillmor escreve na introdução do livro: “Este livro tem por tema a transfomação do jornalismo, de um meio de comunicação de massas do século XX até algo mais profundamente cívico e democrático”. O autor diz ainda: “A tecnologia dotou-nos de um conjunto de ferramentas de comunicação capaz de nos transformar a todos em jornalistas, com custos reduzidos e, em teoria, com acesso a um público global”.
Dan Gillmor aponta três grupos de interesse num mundo em que, segundo ele, qualquer pessoa pode produzir informação. Dantes separados, estes grupos estão, com este novo modelo, a misturar-se. O primeiro grupo, os jornalistas, devem, segundo Gillmor, usar as ferramentas do jornalismo do cidadão. Em relação ao segundo grupo, o objecto das notícias, Gillmor defende que num mundo em que qualquer um pode ser jornalista, várias pessoas vão tentar sê-lo e, consequentemente, irão encontrar pormenores que escapam aos profissionais. Por fim, o terceiro grupo, os antigos receptores, está a aprender, segundo o autor, a forma de conseguir melhores reportagens, quando mais lhe convém. Está, também, a integrar-se no processo jornalístico, ajudando a alargar o debate de ideias e, em muito casos, a fazer melhor trabalho do que os profissionais.
Gillmor defende, ainda, que o jornalismo empresarial, dominante nos dias de hoje, está a diminuir a qualidade noticiosa para fazer subir os lucros a curto prazo. Por outro lado, o jornalismo sério e o serviço público ficam, muitas vezes, esquecidos. Estes factos deixam um vazio informativo que, especialmente, os “cidadãos – jornalistas” estão a ocupar.
No entanto, Dan Gillmor não concorda com o que Winner, criador do Manila, um dos primeiros programas que facilitam a criação de blogues, disse quando insinuou que o jornalismo tradicional iria claudicar perante o novo meio que ele ajudara a criar.
Outros especialistas defendem a mesma ideia de Dan Gillmor. É o caso de Oh Yeon Ho, criador do site noticioso Ohmynews e jornalista de profissão. Oh (citado por Dan Gillmor) escreveu a 22 de Fevereiro de 2000, ao anunciar o portal de informação Ohmynews: “Cada cidadão é um repórter. Os jornalistas não são uma qualquer espécie exótica, são pessoas que procuram trabalhar com coisas novas, pô-las por escrito e partilhá-las com outras pessoas”. Por sua vez, Jeff Jarvis (citado por Dan Gillmor), um bloguista prolífico que dirige a operação Online Advance.net da Publications’Advance afirma: “Cada vez mais, o jornalismo será uma coutada do público. O que não significa que deixe de haver lugar para os jornalistas profissionais, que terão sempre de existir – há necessidade de que existam – para recolherem factos, para fazerem perguntas com uma certa disciplina e para se dirigirem a um público mais vasto. O que tenho vindo a aprender é que este público, se tiver opurtonidades, tem muito para dizer. A Internet é o primeiro meio de informação de que o público é o proprietário, o primeiro meio que deu voz ao público”. Também Lasica (2002) defende o jornalismo do cidadão como uma nova forma de jornalismo. Lasica é muito explicito na sua justificação: “To me, a journalist is anyone who is an eyewitness to events our an interpreter of events and who reports it as honestly and accurately as possible. Period”.
It’s time to stop this silly stuff about replacing big media.
Rick Edmonds
Assim como existe quem defenda a denominação de “jornalismo do cidadão” a este novo modelo, também há quem não concorde com ela.
Chris Carroll (2006), director das publicações estudantis na Universidade de Nashville no Tennesse, defende que o jornalismo do cidadão ideal existe apenas aos olhos de alguns bloggers . Segundo Carroll, no “mundo real” algumas deficiências no conceito têm vindo a ser identificadas. Em relação à parcialidade, Carroll argumenta que, em alguns casos, opiniões pessoais sobre assuntos polémicos ou notícias publicadas por pessoas envolvidas em movimentos sociais podem não reflectir a verdade dos factos, transformando a informação em opinião crítica. Por outro lado, segundo Carroll, embora o jornalismo do cidadão seja um instrumento válido quando bem utilizado, a linha divisória entre o que é interessante para a comunidade e a informação banal e desnecessária é extremamente ténue. A ausência de informação importante aliada à necessidade de actualização produz um jornalismo superficial. Por fim, mas não menos importante, Carroll fala na credibilidade. É devido a este factor que parte do público retoma, muitas vezes, à segurança transmitida pelos media tradicionais. Segundo Carroll, culturalmente é mais seguro confiar numa organização maior, com experiência e história do que numa iniciativa independente, conduzida por um ou mais desconhecidos.
Chris Carroll afirma, ainda, que não há dúvidas de que algo novo surgiu nos últimos anos e de que as redacções tradicionais vão ter que interagir com este modelo. No entanto, Carroll defende que a ideia do jornalismo do cidadão a substituir o jornalismo tradicional está condenada ao fracasso.
Outros especialistas defendem o mesmo ponto de vista que Chris Carroll. É o caso de Joan Connell, produtor executivo da MSNBC.com, que defende que os bloggers não são jonalistas porque não há um editor entre o autor e os leitores: “I would submit that (the newsroom) editing function really is the factor that makes it journalism”.
Conclusão
O jornalismo do cidadão tem vindo, sem dúvida, a desenvolver-se nos últimos anos. Desde o 11 de Setembro, passando pelos ataques no metro de Londres e pelo tsunami, ambos em 2005, este conceito deu um “salto” enorme. Os media tradicionais, dando-se conta deste constante desenvolvimento, estão a rever a sua posição e, na impossibilidade de derrotar este novo inimigo, estão a juntar-se a ele. Assim sendo, é óbvio que o jornalismo do cidadão trouxe consigo grandes mudanças ao jornalismo tradicional por todo o mundo.
Na minha opinião, embora o jornalismo do cidadão não possa ser considerado uma nova forma de jornalismo, este torna-se útil aos media tradicionais, que têm agora milhares (ou até mesmo milhões) de aliados na tarefa de apurar factos, conhecer novidades e reunir e comentar informações. Defendo que o jornalismo do cidadão não exclui a produção dos jornalistas profissionais, mas acrescenta a ela a contribuição de cidadãos testemunhas de factos importantes, que estão no lugar certo à hora certa, e de especialistas que podem falar melhor sobre determinado assunto. Por outro lado, este novo modelo promove uma relação mais próxima entre quem transmite a informação e quem a recebe.
Concluindo, na minha opinião, o jornalismo do cidadão deveria ser denominado de “cidadão que participa na recolha, tratamento e divulgação da informação”. No entanto, esta seria uma denominação muito extensa, portanto defendo a designação de “jornalismo interactivo” como a mais adequada, no sentido do cidadão e do jornalista desenvolverem uma relacção de interactividade um com o outro.
O AzoresDigital é um jornal digital que pretende divulgar e informar, principalmente, o Arquipélago dos Açores. Este jornal digital é propriedade da empresa Via Oceânica, Marketing e Publicidade, Lda. O jornal AzoresDigital é apenas digital, não tendo, portanto, suporte em papel.
Neste trabalho irei fazer uma análise critica a este jornal digital tendo em conta determinados parâmetros, tais como, design, usabilidade, multimedialidade, interactividade e hipertextualidade.
O design do jornal AzoresDigital é muito simples. Esta simplicidade, por um lado, contribui para a fácil navegação no site e, por outro, torna o site pouco apelativo. Assim, na minha opinião, o design do site deveria ser mais apelativo para cativar a atenção do utilizador. Poderia, por exemplo, ser feita uma pequena “brincadeira” com as cores atribuídas às várias ilhas açorianas, já que a informação está organizada pelas diversas ilhas.
Em termos de usabilidade, devo destacar vários aspectos que facilitam a pesquisa neste jornal digital. Por um lado, como já referi, a informação encontra-se dividida pelas nove ilhas dos Açores, o que permite ao utilizador chegar rapidamente à informação pretendida. Por outro lado, as notícias estão divididas por temas, como por exemplo agricultura, cultura, etc. É, também, possível ao utilizador pesquisar a informação através de frases ou de palavras. Em cada notícia, podemos encontrar links internos para notícias da mesma secção. No entanto, acho importante que as notícias estejam, também, divididas pelas secções “nacional” e “internacional”, o que não acontece. É, também, importante que os links internos estejam formatados para chamar mais a atenção do utilizador.
No aspecto “interactividade” penso que o AzoresDigital está muito bem. Neste jornal digital, podemos encontrar diversos links de apoio ao utilizador, tais como WEBMAIL (e-mail), AZORES CONNECT, VIAOCEANICA (empresa proprietária do site), IMOAZORES (imobiliário), ILHASHOP (compras online), AZORESTOURISM (turismo nos Açores) e AZORESRURAL (turismo rural nos Açores). Encontra-se, também, no jornal AzoresDigital o serviço “Newsletter” e outros, como por exemplo agenda, fóruns, sondagens e o espaço “Envie-nos a sua notícia”.
Em termos de hipertextualidade, o AzoresDigital é muito fraco. Raramente aparecem nas notícias links externos e internos para complementar a informação. Assim, para uma informação mais detalhada e completa é necessário que os links externos ou internos sejam mais vezes utilizados. Se utilizados, devem, como já foi referido anteriormente, ser formatados para chamar a atenção dos utilizadores.
O jornal digital AzoresDigital apresenta uma característica interessante em termos de multimedialidade. Apesar de este apenas apresentar imagem, texto e o serviço RSS para divulgar a informação, o utilizador ao clicar no link para a empresa Via Oceanica pode ter acesso a uma Sala Áudio e Vídeo, onde encontra diversos programas radiofónicos de algumas rádios açorianas, assim como uma variedade de vídeos sobre temas importantes do arquipélago. Apesar desta multimedialidade, é necessário realçar o facto de nem todos os utilizadores saberem ter acesso a estes serviços no site da Via Oceânica, pelo que acho importante a divulgação ou, ainda melhor, a inclusão destes serviços no site AzoresDigital.
Nesta categoria, escolhi o site da MSNBC, principalmente devido ao seu design atractivo e simples.
O utilizador terá sempre uma grande facilidade em navegar neste site devido à grande usabilidade do mesmo. Por outro lado, o site revelou-se extremamente rico face ao recurso a diversos media
Nesta categoria, escolhi o site da CNN referente aos ataques terroristas em Londres em 2005.
Este site destacou-se devido à sua multimedialidade, o que tornou o trabalho desta estação mais rico. Para além disso, o site apresenta uma grande facilidade em termos de navegação.
Nesta categoria, a minha escolha recai sobre o site da BBC referente ao furacão Katrina que assombrou a vida dos habitantes de Nova Orleães.
Neste site destaca-se, sobretudo, o aspecto "design”. Por outro lado, o utilizador não terá dificuldade em encontrar o que procura, devido à sua boa organização.
Por ultimo, escolhi nesta categoria o site “Rezoned” da Escola de Jornalismo de Colombia.
Este site distinguiu-se em todos os parâmetros em relação aos outros sites concorrentes da categoria. O design deste site é sem duvida muito mais atractivo que o dos restantes. Assim sendo, nesta categoria a minha escolha foi muito facilitada.
I don’t know what people think. I don’t care! Robert Plant, Março de 2005
Robert Plant alcançou a “passadeira da fama” como vocalista de uma das mais famosas e importantes bandas de rock de sempre, os Led Zeppelin. Ficou conhecido pelo seu estilo poderoso, com uma grande extensão de voz que incorpora várias e diferentes influências, tais como o blues e o folk.
Robert Anthony Plant nasceu a 20 de Agosto de 1948 em Inglaterra. Começou, desde muito cedo, a adquirir o gosto pelo Rock and Roll e a absorver os sons de artistas de blues como Robert Johson, Otis Rush, Buddy Guy e Muddy Waters.
Aos 16 anos mostra o seu carácter rebelde, que sempre o acompanha, ao sair de casa dos pais.
Nos anos 60, o folk-rock e o psychadelic-rock ajudam-no a encontrar o seu próprio estilo.
Em 1968, junta-se ao guitarrista Jimmy Page na banda “The New Yardbirds”, sugerindo para baterista o seu companheiro de longa data, Jonh Bonham. “The New Yardbirds” veio, passados alguns anos, a mudar o nome para “Led Zeppelin”, a banda que “empurrou” Plant para aquilo que ele é hoje: um dos melhores cantores rock da sua ou de qualquer geração.
A paixão por diferentes experiências levou Plant e Page a explorar o continente africano, especialmente Marrocos, em busca de novos sons. Após essa viagem, o estilo de Plant fica ainda mais complexo, recebendo influências dos sons de tribos africanas.
“Led Zeppelin!”, lançado em 1970, alcança o top dos 10 melhores na América e em Inglaterra. Os albuns que se sucederam tiveram o mesmo êxito. Em 1972, Plant era o vocalista de uma das mais bem sucedidas bandas rock de sempre.
Nos anos 70, Plant esteve, sem dúvida, nas “luzes da ribalta”. Até o “rei do rock”, Elvis Presley, reconheceu esse mérito, o que fez com que os dois se tivessem tornado muito chegados. Os Led Zeppelin chegaram, mesmo, a assistir aos dois últimos concertos de Elvis. Para além disso, viram reconhecido o seu mérito ao terem sido votados por Rolling Stone como os 14º Melhores Artistas Rock de todos os tempos.
Apesar de todas as alegrias, Plant viu passar pela sua vida três momentos de grande tristeza e angústia, momentos esses que “quebraram” o seu ritmo e o da própria banda. Em 1975, Plant e a sua família sofrem um terrível acidente rodoviário na Grécia. Pouco tempo depois, morre Karac, o seu filho de 6 anos, devido a uma infecção viral. Plant afasta-se algum tempo dos palcos e escreve a música “All My Love” em homenagem a Karac. Estes dois últimos incidentes deram origem a rumores de que a banda estava envolvida em “magia negra”. A 25 de Setembro de 1980, o baterista John Bohman morre. Após mais de 12 anos juntos, os Led Zeppelin anunciam a sua separação.
Alguns meses após a separação, Plant prossegue com uma carreira a solo de sucesso. O seu primeiro álbum, “Pictures ate Eleven”, atinge o número 2 em Inglaterra e o número 5 na América.
Durante a sua carreira a solo, volta a reunir-se por várias vezes com o seu ex-companheiro Jimmy Page. Em 1999, o duo é galardoado com o Grammy para Melhor Hard Rock Performance pelo álbum “Most High”.
Robert Plant esteve presente na edição do Festival Vilar de Mouros do ano passado, mostrando o porquê do seu sucesso e a sua voz revestida de influências, que lhe dão o poder e a beleza que a caracterizam.
Plant é um dos mehores vocalistas de sempre no panorama do rock e do hard rock. Ultrapassou várias barreiras durante a sua vida, barreiras essas que o fizeram amadurecer e enriquecer, cada vez mais, a sua carreira.
A Universidade dos Açores prepara-se para adaptar, no próximo ano lectivo, o modelo de ensino previsto pelo Processo de Bolonha.
Economia e Psicologia serão as primeiras licenciaturas a receber alterações. Há, também, a possibilidade de alguns cursos do Departamento de Ciências Agrárias virem a adaptar este novo sistema de ensino. Por outro lado, está prevista a abertura de novas licenciaturas, tais como a licenciatura em Turismo e em Informática – Redes e Multimédia. Caso se confirme a sua abertura, estes novos cursos serão, também, sujeitos às regras de Bolonha. Prevê-se que em 2007/2008 todos os cursos leccionados na Universidade dos Açores estejam já adaptados a Bolonha.
Na opinião de Brandão da Luz, vice –reitor da UA, as principais vantagens deste tratado são “a adequação dos cursos ministrados às novas realidades e exigências económicas e sociais” e “uma maior mobilidade dos estudantes nos países da União Europeia”.
Ao contrário dos estudantes do território de Portugal Continental, que já se manifestaram contra a implementação de Bolonha, na Região Autónoma dos Açores os estudantes ainda não se manifestaram sobre este tema, o que, conforme Bruno Raposo, Presidente da Associação Académica da Universidade dos Açores, se deve a um grande desconhecimento por parte dos alunos em relação a este assunto.
O Processo de Bolonha tem como objectivo uniformizar o ensino superior na União Europeia. Para isso, é necessária uma reestruturação de todas as universidades europeias. Este processo tem, também, como objectivo promover a mobilidade de docentes, estudantes e a empregabilidade de diplomados.
Um blogue é um site publicado na Internet e que se refere a algum ou alguns assunto(s). Num blogue podemos discutir um assunto, dar a nossa opinião, publicar as nossas ideias, podendo estes ser consultados por todas as pessoas que tenham acesso à Net.
Nos ultimos tempos, as pessoas começaram a aderir muito à “moda” dos blogues, pois a criação dos mesmos está muito facilitada pelo facto de não ser necessário um vasto conhecimento na área da Internet. Estes são muito utilizados na área da educação e, mais recentemente, pelos jornalistas, que desejam publicar na Net noticias e comentários.
O RSS (Really Simple Syndication ou Rich Site Summary) permite ao utilizador manter-se sempre informado e actualizado sobre os seus sites favoritos. Este serviço informa-nos quando são publicados novos conteúdos ou até mesmo actualizados. Permite ao utilizador ver o principal de uma dada informação, podendo, depois, se desejar, aceder ao site de origem, onde está a informação completa.
O RSS é muito utilizado por sites de noticias e blogs que têm uma actualização e publicação constante.
Os sites Wiki permitem ao utilizador acrescentar, mudar ou actualizar informação em conjunto com outros utilizadores. Estes sites têm como objectivo poupar tempo na publicação da informação, pois, deste modo, são os utilizadores que fornecem informação a outros utilizadores.
Estes sites facilitam ao utilizador a publicação de dados na Net e têm a vantagem de serem “vigiados”, não podendo, assim, ser publicada informação imprópria.
O Podcasting permite a distribuição e publicação de conteúdos de áudio, video e foto na Net. Com este serviço o utilizador pode, por exemplo, escolher que programa de rádio ouvir e em que horário, não sendo necessãrio estar ligado à rádio para ouvir o seu programa favorito.
Este serviço, tal como o RSS, permite, também, a actualização dos conteúdos.